Leonardo Marona: 2 poemas e algumas palavras




“Chet Baker para principiantes”

é um sopro
de soldado ferido,
desordenado, árido,
silente, mas firme.
é um sopro
que se refugia
no presídio oco
da dor desmedida
no parto do som.
não são mais notas,
são sobrancelhas verticais
voltadas ao vértice
de contusões permanentes.
pois de ti a pobreza parideira
do ínfimo da maior entrega brota,
e enfim podemos, anti-vivos, ser.
é sempre tarde lacrimosa sob o seco
fatigado de um estúdio em cor sépia
quando tua silhueta me rasga de ecos.
tua corneta aponta:
segue a cadência...
apóio meu ouvido na tua desatenção,
que circunda a vida com reticências
atrás de agulhas iludidas do perdão,
em busca da raiz das conseqüências.
e tua música irrompe,
com a minha falência.





“atriz”

as palavras,
se elas saem doloridas,
é a tinta negra que sangra
as frases como feridas.
pouco me adiantam
as palavras floridas
que desabrocham no ar:
pétalas amorfas
no mofo do armário.
prefiro um dedo direito
e uma intenção sinistra.
quero de ti
a palavra comida.
quero as palavras
pelos poros da página,
pelo meio da tua virilha.
quero enfim,
segundos antes das cortinas,
escrever aquilo que te cala.



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entrevista




1- Você tem um livro de contos pronto pra ser lançado. Mas no seu blog você costuma publicar muito mais poesia do que prosa. E eu conheço mais o Leonardo Marona poeta do que o prosador. Fale sobre a sua trajetória de poeta e de quantos livros de poesia você tem escritos.
Acho que alguém disse, não lembro quem, que a prosa é a esposa e a poesia, a amante. Pois bem. Comigo tem funcionado, até aqui, exatamente ao contrário. A prosa para mim é como aquela primeira prostituta, a primeira mulher de que se tem conhecimento depois da mãe – apesar de eu nunca ter feito sexo com uma prostituta, o que talvez tenha a ver com a minha frustração precoce em relação à prosa. A poesia seria, perto da prosa, uma esposa com problemas da cabeça. Alguém que funciona aos gritos e cheio de nove-horas, mas é nesse lugar onde os verdadeiros milagres acontecem, porque eles persistem por mais que você canse. Se tivesse que falar sobre “quantos livros de poesia tenho escritos”, eu diria muitos e nenhum. Porque os poemas são sempre sozinhos, os poemas são unidades solitárias em movimento para dentro, e quanto mais para dentro mais o externo acaba sendo afetado. Preciso definitivamente arranjar um jeito de organizar os textos.


2- Ser poeta é mais talento ou esforço? Descobriu-se ou inventou-se poeta?
Só posso falar por mim, que não sou bem poeta, talvez tenha “estado poeta” por alguns dias, alguns minutos, inclusive os mais banais, mas isso de ser poeta é gênero, normalmente desempenhado pelos maus poetas, ou seja, os que vivem “da” poesia e não “para” a poesia. Porque, para mim, o poeta é como se fosse um milhão de almas penadas habitando um corpo que não lhes pertence, temporariamente e muito raramente com sabedoria. A poesia não é questão de talento nem de esforço: a poesia é uma questão de acreditar num sentimento normalmente falso, incompleto, é a coragem que se tem ao acreditar no inviável. Daí a fragilidade da poesia, perto do mundo concreto, dos poemas concretos, dos bons tradutores, dos escritores funcionais, dos compromissados em ganhar a vida. A poesia acontece fora do compromisso. A poesia tira férias enquanto os homens trabalham, mesmo que ela fale muitas vezes sobre o trabalho dos homens.


3- Quais livros (poesia e prosa) fizeram parte de sua formação?
Não se pode falar aqui ainda sobre formação – tenho só 25 anos – mas li algumas coisas legais recentemente. Um livro do Borges – que eu normalmente acho um chato, com aqueles labirintos intermináveis – mas um dele sensacional, o último de poemas: “Elogio da Sombra”. E tem também um outro especial, do Murilo Mendes: “Poesia Liberdade”. Mas se tivermos que falar a sério, eu teria que dizer “Os cantos de Maldoror”, do uruguaio aquele, Lautréamont, metido a francês, gênio puro, demônio, mas eu nunca li até o final, Dylan Thomas, Li Tai Po, François Villon, Maiakovski (dos Campos), esses são os caras. Com relação à prosa, as primeiras coisas que me impressionaram foram os contos curtos do Hemingway, tudo que li do Jack Keroauc e no rabo do foguete um batalhão de gente: o “1919” do John dos Passos é sensacional, “A Idade da Razão” do Sartre (para ser bem pedante), porque se não eu teria que falar dos contos de Charles Bukowski e das novelas de John Fante e do romance épico de Ferdinand Céline, “Viagem ao fim da noite” e de “O sol também se levanta”, do mesmo Hemingway, “Na pior em Paris e Londres” do George Orwell, tudo em prosa do Allan Poe e, tardiamente, os brasileiros: Graciliano Ramos, Clarice Lispector, Campos de Carvalho, Moreira Campos, e também alguns pervertidos: Georges Bataille. Ah! “A morte de Ivan Ilitch”, do Tolstoi, é um resumo do gênio e, falando nos russos, “Memórias do Subterrâneo”, do Dostoievski, os contos curtos do Tchekov, e lembrei também de um livro importantíssimo que achei em Porto Alegre na última temporada: “Fome”, do norueguês Knut Hamsun, e mais uma meia dúzia de pessoas desconfiáveis e mortas, vivíssimas e presentes nas obras de muitos plagiadores não-assumidos.


4- Teve/tem algum incentivador? Quem?
Sim, uma vez, já faz um tempo. Era uma professora da faculdade, da matéria que eu mais odiei na faculdade, a única que eu tive que fazer duas vezes, se bem me lembro, chamava-se Metodologia de Pesquisa, era realmente insuportável. Mas a professora era legal, meio “caxias” mas gente fina, Karina ela se chamava. E veio com aquela conversa típica de uma professora de Metodologia de Pesquisa: enviou as notas aos alunos por e-mail, com algumas “dicas de leituras para as férias”. Eu achei aquilo engraçado e respondi com uma “dica de leitura” para ela, com esse meu livro de contos (Os ossos debaixo dos campos verdes), que eu tinha montado como trabalho final de outra cadeira. Ela perguntou de onde eu tinha copiado aquilo, talvez uma mania dos professores da PUC, acostumados aos alunos da PUC, e eu disse que eram meus os contos. Ela pareceu impressionada com aquilo e eu realmente, de primeira, não dei muita bola. Mas é claro que senti algo proibido pela professora, o que foi mantido por alguns meses, dentro dos quais ela tentou emplacar meu livro com o editor-chefe da editora 7Letras, daqui do Rio. O encontro com o editor foi um fracasso para mim, como escritor e cidadão – eu gaguejava, suava frio, folheava sem atenção compilações fotográficas de pessoas famintas, e ele nem mesmo aceitou receber o livro das minhas mãos, numa daquelas noites ridículas de autógrafos – e Karina talvez tenha se sentido frustrada com a minha inaptidão social, ou apenas aconteceu de ela ter mais um filho, o que é sempre complicado e acaba tomando o tempo todo das pessoas, porque nos vimos apenas duas ou três vezes depois do episódio, e então nunca mais.


5- Com que se inspira para escrever? O que é matéria para a poesia? Quando escreve, qual o efeito estético visado?
Não acho que exista um efeito estético visado, ao menos não seria visado pelo escritor, pois os efeitos cabem apenas ao leitor e a estética à respiração de cada palavra, separadamente e em conjunto. O escritor não passa de um meio ou, digamos, um selecionador. Eu acredito que a poesia é uma forma de vermos as coisas pelo seu reverso. A inspiração vem normalmente de algo que desloca a existência momentaneamente – e sempre momentaneamente – para algo que se fixa no infinito, ou seja, em algo que se almeja, mas não se alcança. A luta entre o almejado e o não alcançado, isso é poesia. Para mim, poesia é a adaptação constante entre o mundo imposto pela criação e o mundo imposto pelo ego vaidoso. A poesia é uma vergonha bem elaborada.


6- Costuma começar pelo primeiro ou pelo último verso? Qual deles é o mais difícil? O que detona o poema em você?
Essa pergunta é realmente muito difícil, porque me faz pensar pela primeira vez no assunto. Então serei falso, muito provavelmente. Direi que começo sempre pelo primeiro verso, mas nem sempre o primeiro verso pelo qual começo é o primeiro verso do poético. Às vezes é só uma liga, ou uma essência que se manterá ou se corromperá até o fim do texto. Não existe costume na poesia, isso eu posso dizer. A poesia é talvez o susto dos costumes, a detonação sem aviso das paredes sólidas. O que detona? Um cílio na cama, uma xícara vazia numa mesa listrada onde formigas trabalham, a poesia são as letras trêmulas de um ex-alcoólatra, um laço de fita pisado no chão, uma luz que incide, uma carta escrita depois do homicídio, poesia é tudo aquilo que, sorrindo, urge às escondidas.


7- Qual é a sua relação com a cidade onde mora? No que isso influencia a sua poética e se manifesta no que você escreve?
Tenho uma péssima “relação poética” com a cidade onde moro, o Rio de Janeiro. Porque o Rio tem todas as incongruências de que a poesia necessita: morte e fome, amor e mito, correria, mas não existe mais quase ninguém capaz de observá-las. É como se as pessoas fossem coadjuvantes. Sinto-me atado milimetricamente à cidade, que, pela sua enormidade, produz um silêncio nem sempre poético em espaços quase nunca bem definidos, como se a pessoa precisasse se envergonhar por não poder dar tanto em troca. Porto Alegre, que é onde nasci, faz eu me sentir melhor, como se eu entendesse os espaços vazios da cidade, que funciona noutro ritmo, tem outra cor, bem mais cinza. As cores do Rio são gritantes, ofuscam a poesia. A cidade não parece ter mais espaços flutuantes (de onde muita poesia brota), mas, também, mesmo morando há anos aqui, ainda conheço mal a cidade.


8- Como define a sua poesia? Como caracterizaria suas ambições estéticas principais?
Eu cansei de dizer aos mais próximos: “não tenho ambições”. A ponto de acreditar que sou extremamente ambicioso. Isso me causa vergonha. Porque no meu ver a poesia seria a anti-ambição, a anti-coisa-em-si, em suma, o espaço raro entre as coisas em movimento, o que proibiria o êxtase da sensação completa. Seria deus perto, o ralo do infinito. Portanto algo ainda ambíguo, necessitado de sentido, mesmo sendo o sentido o cárcere do poema. E, sinceramente, eu acho que se uma pessoa sabe definir a poesia que escreve, seria o mesmo que definir a vida que vive: quanto mais se define, mais se está preso a algo indefinido que persiste, e se apaga por desatenção. Se soubesse, certamente não escreveria mais. Um velho clichê, reconheço, mas se os clichês são clichês, vai ver eles tem algum sentido. Mais importante é pertencer à poesia, à vida ou à poesia da vida, sem tantas perguntas. Ou melhor, como dizia o poeta-mor: “Chega mais perto e contempla as palavras. Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra e te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou terrível, que lhe deres: Trouxeste a chave?” Definitivamente, ele tinha razão: “Não há criação e morte perante a poesia”.


09- Em que geração literária você se concebe? Ela tem um projeto definido?
Eu sou o típico sujeito católico não concebido, problemático redundante, louco pelas pessoas mais estranhas, mas sem saber como falar com elas, por isso escrevo sobre mim, pensando nelas. Que geração seria essa? Não sei. Projeto? Eu não tenho nem mesmo um emprego – e não me orgulho, estou procurando sem saber por onde, na verdade só funciono assim. Isso é um projeto de poesia? Espero que não. É muito difícil falar por uma geração inteira. Veja só o que aconteceu com Orson Welles, com Rimbaud, com Bob Dylan, com Artaud, com Van Gogh, com Kerouac etc...


10- Recebeu ou recebe conselhos importantes de escritores na sua trajetória? Como foi e é o diálogo com outros escritores, da sua e de outras gerações?
Eu raramente converso com escritores, por medo. Como sou um escritor e me desconfio, não acredito nos escritores, por precaução. Uma vez falei com um que leu uns textos meus e disse que eu precisava de uma unidade. O cara havia ganhado o Jabuti, eu gostei dele como pessoa, mas ainda assim era uma pessoa falando que eu precisava de uma unidade para publicar um livro. Eu aceitei as sugestões como quem não tem ainda uma unidade, um título. É muito difícil dizer o que algo inanimado precisa. Mesmo assim, esse talvez tenha sido o diálogo mais profundo que eu travei com outro escritor, “um profissional”, bem mais que o tradicional “continue escrevendo”, que você normalmente ouve de gente mais velha, desinteressada, ou jovens pretensiosos, apenas como forma de mudar de assunto, porque se de fato falar sobre literatura fosse tão interessante, por que afinal tentar escrevê-la?


11- Quanto tempo dedica à leitura de crítica literária? Concorda com a idéia de que ela, nos jornais e revistas, está mais digestivo-introdutória do que analítico-crítica?
Não leio crítica literária. Acho que, primordialmente, a crítica das principais revistas e jornais é feita por gente que gosta de discutir literatura, ao passo que literatura, na minha opinião, é indiscutível, impossível, graças a deus, haver consenso, ela deve ser escrita o melhor possível, e não discutida. Penso que grande parte da crítica dá atenção demasiada a obras medíocres, de idéias extremamente vendáveis, em detrimento de verdadeiras obras de arte, que não podem ser enquadradas assim tão facilmente e acabam muitas vezes passando em branco, muito pelo pavor do crítico que, por não ter conseguido escrever sua obra, sente-se ameaçado por algo normalmente esquisito que não pede licença antes de passar atropelando. Eu tenho certa desconfiança das tendências e das escolas, justamente por acreditar que a literatura vem das dúvidas sobre a fixação da idéia, assim como a cura vem do edema do câncer, a cura vem da percepção do inchaço. Desde criança tenho problemas com literatura acadêmica. “O que o autor quer dizer?” sempre me pareceu uma piada de mau-gosto, algo que se faz com um parente distante que chega para o almoço sem avisar e ainda traz a família. Acho que a crítica pertence aos gênios – Octavio Paz, Ezra Pound, Bernard Shaw, Arthur Schopenhauer etc – ou aos frustrados, aos que, por se sentirem no fundo massacrados, massacram. E ultimamente os gênios estão em falta.


12- A crítica literária pode influenciar a produção poética de uma geração?
Pode, é claro, se for uma produção fraca, como a nossa.


13- Muitos poetas hoje apresentam uma versatilidade acadêmica. Eles falam várias línguas, traduzem, fazem ensaios, críticas, resenhas, estudam várias disciplinas. O poeta precisa ser um erudito? Poesia só se faz com muito estudo?
O erudito pode ser um poeta, por contradição, mas nunca o contrário. Porque a poesia é um espasmo incontrolável e rígido, que deforma o corpo, é uma boca cheia de saliva, ou uma “dor de cotovelo”, como diriam falsos poetas, eruditos preocupados com seus narizes e suas análises fotográficas. Estamos com as antenas em riste quando temos sorte, ou então criamos falácias para acreditarmos no que estamos dizendo, já que no fundo sabemos que estamos enganando a maior parte do tempo.


14- Qual a relação entre a poesia e técnica? Basta dominar certas técnicas para ser poeta?
A relação é musical. Repito Pound: “A música apodrece quando se afasta muito da dança. A poesia se atrofia quando se afasta muito da música”.


15- A poesia tem prestígio no âmbito da nossa cultura?
Apenas entre os pavões. Mas é preciso poucos pavões para lotar um salão de tédio.


16- Qual a função social da poesia?
Desestabilizar verdades doentias.


17- Qual a melhor editora brasileira? E qual a que edita melhor a poesia?
Não sei. Deve ser a que procura mais pelo valor literário e pensa menos no lucro financeiro. Olha, eu leio muito mais os mortos, ou os quase mortos, então teria que dar um grande crédito a Editora José Olympio, pelas grandes antologias (Jorge de Lima, Drummond, Cecília Meireles, Vinicius, Bandeira). E tem também a Editora Perspectiva, que tem as melhores traduções de Mallarmé, Cummings, Maiakovski, através dos irmãos Campos.


18- Alguma epígrafe que o acompanha sempre?
"Aquilo que criticam, cultive-o, porque é você."(Jean Cocteau)
"Aos olhos dos outros, um homem é poeta se tiver escrito um bom poema. Aos próprios olhos, ele é poeta apenas no momento em que faz a última revisão num novo poema. No momento anterior, era apenas um poeta em potencial; no momento seguinte, é um homem que parou de escrever poesia, talvez para sempre." (W. H. Auden)


19- Qual é hoje a marginália da poesia brasileira? Ela ainda é possível depois da internet?
Sinceramente, não tenho a menor idéia. A marginália se tornou uma caricatura bizarra, porque antes os marginais pelo menos gritavam por alguma coisa, alguma idéias, contra coisas bem definidas, por mais que passageiras. Agora o marginal grita em favor da marginalidade, ele a cultiva, precisa mantê-la. Antes os jovens eram os marginais, porque não queriam o sistema da tortura e da censura. Hoje os jovens são marginais para serem atraentes, mas querem manter todas as vantagens que puderem tirar dessa representação forjada. A marginalidade antes procurava quebrar para reconstruir. Hoje ela apenas quebra, e vive os lucros disso. Diferentemente do que se fala por aí, acho que a internet facilita a vida dos oportunistas, mais do que da gente séria. Porque existe uma fachada de liberdade sob uma couraça de publicidade do tipo mais barato, no mau sentido, que movimenta o dinheiro e as fraquezas mais retumbantes.


20- O que pensa sobre o jornal Vaia?
Gosto do fato de ser um jornal gratuito, acho interessante começar a pensar em chupar essas multinacionais para financiar a distribuição de cultura (é uma boa forma de compensação), com uma estrutura maleável, mas sem compromisso ideológico com grandes facções criminosas disfarçadas de “ajuda aos necessitados”. Mas, de fato, tudo o que eu posso falar sobre o jornal resume-se a uma pessoa apenas, que ajuda na produção e que eu conheci sem querer em Porto Alegre (e nos entendemos bebendo) – fico pensando se foi tudo mesmo tão sem querer. Essa pessoa é você, Fernando Ramos.


21- Repetindo uma pergunta que a Clarice Lispector sempre fazia: O que é mais importante na sua vida?
Perguntas como essa, cujas respostas hesitam.

3 comentários:

JuliaD disse...

Gênio da raça!!!!!!!


beijos mil, aurora Brasil,
J.

CFagundes disse...

O Leo é fodão!

Parabéns pelo blog, Don Fernando!
Hurra between the hips!

natércia pontes disse...

da platéia, meus aplausos abafados pelos outros apalusos.